Perfil dos Nefrologistas no Brasil

A partir da pesquisa Perfil dos Médicos no Brasil, realizada pela Fundação Oswaldo Cruz, em 1995/1996, foi possível conhecer a situação dos médicos que atuam no sistema de saúde brasileiro, seja na esfera privada ou pública. Buscando complementar o estudo para todo o país e conhecer a realidade dos médicos nefrologistas, a Sociedade Brasileira de Nefrologia realizou uma enquete entre seus associados, aplicando um questionário que continha questões que detalhavam mais o perfil dos nefrologistas. Constituindo-se em 1.699 profissionais em todo o território nacional e necessitando, quase sempre, de equipamentos sofisticados e de alta tecnologia, a nefrologia está incluída entre as especialidades “finas”, concentrando suas atividades em regiões mais desenvolvidas do país – cerca de 80% estão nas regiões Sudeste e Sul. No que se refere à idade dos médicos, mais de 70% têm menos de 45 anos, sendo poucos os especialistas na faixa etária superior a 50 anos. Quanto à formação dos nefrologistas, pode-se dizer que seu desempenho difere bastante do perfil nacional, especialmente no que se refere à formação de pós-graduação lato e stricto sensu. Segundo dados do Nefrodata, mais de 70% fizeram residência médica, quase 40% têm curso de especialização e em torno de 20% têm mestrado e/ou doutorado. No mundo do trabalho, esses especialistas apresentam traços semelhantes aos encontrados no contingente de médicos em geral, ou seja, atuam principalmente em três atividades: hospital privado, clínica de hemodiálise e consultório. Além disso, o estudo aponta que os nefrologistas também enfrentam problemas no pleno desenvolvimento do seu trabalho, não só no que diz respeito às inúmeras atividades às que têm que se submeter para aferir rendimentos mensais satisfatórios, como também às próprias condições de trabalho em que desenvolvem suas atividades diárias.

Área Temática:
Profissionais/Trabalhadores de Saúde
Autor:
MACHADO, M. H.
PINTO, L. F.
CASTRO, A.
Período:
2000 a 2004