O surgimento das categorias auxiliares no setor saúde tem sido associado a uma série de fatores que são, na verdade, interligados. Esses fatores são: a racionalização do trabalho, o aumento da produtividade e da qualidade no trabalho, o desenvolvimento científico-tecnológico e as mudanças nas práticas e nos modelos de assistência. A incorporação desses trabalhadores permitiu tanto o aumento da cobertura quanto a modificação no quadro de recursos humanos dos serviços de saúde. Com relação ao pessoal auxiliar odontológico, uma questão importante a ser considerada é a consolidação das práticas de formação e capacitação, com vistas à regulação do exercício dessas categorias ocupacionais. A regulamentação educacional já existe, mas a formação e incorporação desse pessoal têm sido muitas vezes questionada, principalmente por alguns dentistas que veem nessas categorias uma ameaça à sua posição no mercado. Esse fato dificulta o reconhecimento dessas categorias e limita qualquer tipo de ação mais eficaz na solução desses problemas. Uma forma de minimizar o problema seria por meio da divulgação do trabalho auxiliar, no sentido de esclarecer a regulamentação educacional, a especificidade do seu trabalho e os benefícios para a prática odontológica, buscando sua credibilidade e respeitabilidade enquanto profissional. Uma discussão que se coloca hoje, no Brasil, em relação ao pessoal auxiliar odontológico, é a questão da necessidade de redefinição do seu perfil profissional. Já existem vários estudos que avaliam a necessidade de adequação do perfil, levantando uma discussão importante a ser considerada na formulação das políticas de desenvolvimento de recursos humanos em odontologia. Existe certo consenso, por exemplo, quanto à necessidade de se utilizar uma nomenclatura mais apropriada ao trabalho dessas ocupações.