História, Saúde e seus Trabalhadores: da Agenda Internacional às Políticas Brasileiras

O artigo discute, em perspectiva histórica, as agendas dirigidas para a formação de trabalhadores e para a gestão do trabalho em saúde no Brasil, em especial as suas relações com os programas desenvolvidos pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Na primeira seção, discute-se o papel da história no campo da saúde coletiva. Esse não é um fenômeno novo. Ao contrário, ele está nas origens do que se convencionou chamar de medicina social e esteve de alguma forma presente nas escolas de saúde pública desde seu início. A história como instrumento de conhecimento, reconhecimento e reflexão crítica tem estado presente no campo da saúde desde os seus primórdios; porém, tem estado ausente nos currículos profissionais. A priorização do tema do trabalho em saúde na agenda internacional parece apontar para uma potencial renovação das relações entre história e saúde. Na segunda seção, realiza-se um balanço histórico a respeito das agendas da OMS em torno do tema recursos humanos. Na terceira parte, constrói-se balanço similar a respeito das ações da Opas. Na quarta parte, discute-se, a partir da experiência do Programa de Preparação Estratégica de Pessoal de Saúde (PPREPS), a relação da agenda de trabalho nacional com a internacional em torno do desenvolvimento de recursos humanos, bem como se aponta para um conjunto de respostas adaptadas e soluções originais aos problemas da formação de pessoal de saúde dadas pelos técnicos brasileiros. Ao final, são levantadas algumas questões para a discussão sobre a articulação entre história e as agendas de recursos humanos para a saúde debatida ao longo do artigo.

Área Temática:
Profissionais/Trabalhadores de Saúde
Autor:
PIRES-ALVES, F. A.
PAIVA, C. H. A.
HOCHMAN, G.
Período:
2005 a 2009