Flexibilização dos Mercados de Trabalho e Escolha Moral

Este ensaio está dividido em três partes. Em primeiro, estão algumas observações pontuais sobre a dinâmica recente (dos anos noventa) dos mercados de trabalho em saúde no Brasil. Esses mercados vão ser tratados em suas manifestações mais conjunturais, por assim dizer, em suas flutuações mais curtas. Aqui serão apresentados dados, retirados de estatísticas, basicamente de empregos e salários no setor, que serão interpretados como sinais. Ainda nessa parte, vão ser trazidos para a reflexão alguns movimentos recentes observados na arena regulatória, que dão conta daquilo que tem sido conceituado como transição nos regimes de regulação dos mercados de trabalho em saúde. O olhar se voltará para o mundo e o sistema das relações de trabalho; para o mundo das profissões de saúde; e para o mundo da educação em saúde. Aqui também entram as impressões do autor sobre dados, só que de natureza distinta do dado estatístico. São impressões colhidas a partir de entrevistas com sindicatos de empregados e empregadores do setor saúde, com associações profissionais, com funcionários dos governos responsáveis pela área de RH etc. A segunda parte do texto, bastante encurtada para os efeitos aqui perseguidos, consistirá de uma interpretação regulacionista desses sinais. O autor analisará particularmente aspectos da denominada flexibilização laboral. Por fim, na terceira e última parte do texto, tratar-se-á de analisar os impactos das mudanças ocorridas no âmbito dos mercados e das instituições de regulação sobre as práticas e os hábitos dos gestores de recursos humanos nos níveis macro e micro e dos gerentes de RH das empresas e de organizações públicas e privadas de saúde.

Área Temática:
Mercado de Trabalho
Autor:
GIRARDI, S. N.
Período:
1995 a 1999