Evolução do Emprego em Saúde entre 2000 e 2005

Esta pesquisa teve por objetivo avaliar a evolução do emprego em saúde na conjuntura da primeira metade da década de 2000. Um aspecto importante dessa avaliação é a comparação da evolução do emprego em saúde com a do conjunto da economia brasileira. A principal pergunta que os autores se propõem responder, a esse respeito, é se o ritmo de crescimento do emprego em saúde acompanha ou não as taxas que se verificam em outros setores da economia e na totalidade dos setores econômicos. É sabido que, nos anos de 2004 e 2005, registraram-se taxas significativas de incremento do emprego e de diminuição do desemprego, no total da economia brasileira. No biênio 2004 e 2005, o emprego total, medido pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged/MTE), cresceu em uma média de 5,82%, o que se compara muito favoravelmente com a taxa registrada no biênio de 2002 e 2003, que foi de 3,24%. Por sua vez, a taxa de desocupação medida pela Pesquisa Mensal de Emprego (PME/IBGE) passou de 12,3% em 2003 para 9,8% em 2005. A pergunta que se formula aqui é: no biênio 2004/2005, o emprego em serviços de saúde experimentou uma expansão semelhante à que ocorreu em outros setores, como o comércio, a indústria e os serviços em geral? A hipótese que se elabora no ponto de partida desta pesquisa é que o emprego em saúde, em uma conjuntura expansiva do emprego, cresce a um ritmo mais lento que o dos setores mencionados. Essa hipótese está fundamentada no fato de que o emprego em saúde depende substancialmente de investimentos privados e públicos, que são realizados de maneira mais lenta que no restante dos setores da economia.

Área Temática:
Trabalho em Saúde
Autor:
NOGUEIRA, R. P.
RODRIGUES, V. A.
Período:
2010 a 2015