Demografia Médica no Brasil 2015

O presente estudo parte de levantamentos feitos anteriormente sobre as características e os perfis da população de médicos no país. Aos dados secundários, extraídos de fontes diversas, são acrescidos dados primários provenientes de inquérito com abrangência nacional. Demografia médica é o estudo estatístico da população de médicos, que pode ser também aplicado aos demais profissionais de saúde. Compreende ainda a regulação populacional das profissões no contexto mais vasto da gestão dos sistemas de saúde de um país. O estudo da população de determinados profissionais, no caso os médicos, é, portanto, uma extensão das análises clássicas de demografia. A demografia médica considera a coexistência de duas populações, pois a população de médicos, por meio de sua atuação liberal ou no sistema de saúde, contribui para dar respostas às demandas e necessidades de saúde da população geral. Na demografia médica estuda-se a população de médicos, considerando fatores como idade, sexo, tempo de graduação, fixação territorial, ciclo de vida profissional, mobilidade, postos de trabalho, especialização, remuneração, vínculos, carga horária, produção, entre outros. O estudo permite conhecer aspectos do trabalho médico na atualidade e a inserção desses profissionais no sistema de saúde brasileiro. Os resultados mostram grande diversidade de práticas, locais e modalidades de exercício profissional. Os médicos também têm uma enorme adesão à profissão, com predomínio de atuação clínica e assistencial, multiplicidade de vínculos de trabalho, atuação concomitante nos setores público e privado, longas jornadas semanais, rendimentos elevados, que têm o assalariamento como tipo de remuneração mais comum e o plantão como atividade bastante praticada. No estudo, a remuneração e as condições de trabalho aparecem como os principais fatores que levariam os médicos a se fixar em um local de trabalho.

Área Temática:
Profissionais/Trabalhadores de Saúde
Autor:
SCHEFFER, M.
Período:
2010 a 2015