Centrality of Health Workers in Building a Universal and Equitable Health System

O Brasil tem enormes diferenças sociais, econômicas, políticas e culturais entre suas regiões. Essa diversidade tem sido o pano de fundo, bem como a base, de uma reforma massiva do sistema de saúde que começou 30 anos atrás. Muitas das lições aprendidas na última década poderiam ser úteis a outros países. Este artigo analisa a construção dessa reforma na saúde, com foco particular nos desafios relacionados aos recursos humanos em saúde. As estratégias para lidar com esses desafios foram parte central das reformas na saúde e tiveram papel fundamental para viabilizar o sistema de saúde universal brasileiro. A decisão política de criar um sistema de saúde universal e equitativo foi tomada já perto do fim do regime militar e na transição para a democracia. A chave para essa transição foi a Constituição de 1988, um marco para o sistema de saúde brasileiro. Até então, o sistema de saúde era caracterizado pela fragmentação e falta de uma coordenação centralizada. Havia três fontes atuando simultaneamente no setor. A primeira se tratava de um sistema nacional de seguridade social que atendia apenas os formalmente empregados. A segunda, planos de saúde privados sem regulamentação, usados pelos muito ricos. A terceira, uma assistência para os pobres, ainda mais fragmentada. Foi a Constituição de 1988 que estabeleceu que o Estado deveria oferecer saúde para todos. E então nasceu o sistema de saúde universal brasileiro, o maior do mundo, que atende potencialmente mais de 100 milhões de pessoas que não possuem outra forma de acesso aos serviços de saúde.

Área Temática:
Profissionais/Trabalhadores de Saúde
Autor:
CAMPOS, F. E.
OLIVEIRA, V. A.
SOARES, S. M.
Período:
2010 a 2015