A Fixação de Profissionais de Saúde em Regiões de Necessidades

O adequado provimento de serviços de saúde a regiões remotas, pobres e periféricas é um problema em quase todos os países do mundo. Situações de carência e má distribuição geográfica de provedores de serviços, especialmente médicos, têm sido apontadas como problema grave, persistente ao longo do tempo e resistente às mais variadas estratégias adotadas para o seu enfrentamento pelos governos da maioria dos países regiões. Países com distintos sistemas econômicos e políticos e níveis de riqueza e desenvolvimento vivenciam esse drama comum. De fato, os médicos costumam se concentrar nas cidades maiores, deixando desassistidas as cidades pequenas, as áreas rurais, as comunidades mais remotas e as regiões mais pobres das grandes cidades. Em geral, os segmentos mais pobres e desprotegidos das populações são os mais atingidos por essa situação de insegurança assistencial em saúde e a ela muitas vezes se somam problemas de insegurança pública, alimentar, econômica e social, que agravam a situação de privação essencial a que tais populações são submetidas. Com uma relação que varia entre 150 a 190 médicos por 100 mil habitantes, a situação geral do Brasil não é muito pior que a de países mais ricos como o Canadá (coeficiente de 210 médicos por 100 mil habitantes), o Japão (193:100 mil) ou os Estados Unidos (264:100 mil). Este artigo aborda o problema e descreve políticas e programas governamentais adotados para o seu enfrentamento em diversos países. Os autores defendem a necessidade da adoção, no Brasil, de uma Política Nacional de Promoção de Segurança Assistencial no Sistema Único de Saúde composta por diversas ações e estratégias: a carreira nacional entre elas.

Área Temática:
Profissionais/Trabalhadores de Saúde
Autor:
CAMPOS, F. E.
MACHADO, M. H.
GIRARDI, S. N.
Período:
2005 a 2009