Políticas e Produção Científica: Diálogos entre Trabalho e Educação na Saúde

A vertente da profissionalização está muito presente nas matérias relacionadas às categorias de formação e capacitação de trabalhadores, mas integra também os trabalhos agrupados na categoria de mercado de trabalho, política e administração de recursos humanos, com a educação permanente em saúde, temática que introduz inovações no campo da educação na saúde nos anos mais recentes. Nos estudos relacionados à categoria dos profissionais de saúde, também se expressa a forte característica de engajamento, notadamente nas subcategorias de processo de trabalho e saúde do trabalhador. Vale mencionar que nos anos 1980 trava-se um debate importante sobre a municipalização do sistema de saúde brasileiro, mas é na década de 1990 que se materializa essa implantação, trazendo a necessidade de novos olhares aos processos de trabalho, à gestão do trabalho e à formação dos trabalhadores vinculados aos municípios brasileiros, fenômeno que pode ter influenciado a elevação do padrão de produção, que se dá a partir de 1996, com maior ênfase a partir do ano de 2006. Como decorrência das diretrizes que passaram a orientar a reforma do Estado nos anos 1990, os temas relacionados à gestão do trabalho, principalmente aqueles relacionados às terceirizações, produzem mudanças na área em relação à compreensão anterior de vínculos e de remuneração de trabalhadores, tanto no setor público quanto no privado. Esse fenômeno provocou uma renovação das categorias analíticas até então adotadas pela área de trabalho e educação, sendo recorrente, entre os pesquisadores, a necessidade de realizar estudos sobre a precarização, a desregulamentação das relações de trabalho, a captação e a gestão dos trabalhadores para o setor, entre outros.

Área Temática:
Trabalho em Saúde
Autor:
NUNES, T. C. M.
Período:
2010 a 2015