Conferências de Saúde, o Trabalho e o Trabalhador da Saúde: a Expectativa do Debate
A 8ª Conferência Nacional de Saúde, realizada em 1986, além de ser um marco histórico para a confirmação do Sistema Único de Saúde, apresentou especialmente um conjunto articulado de formulações para a área de recursos humanos em saúde. O tema, embora abordado em outras conferências, particularmente na 3ª Conferência, apresentou um espelho das transformações e crises acumuladas ao longo das diversificadas e desarticuladas políticas de saúde e educação. Mais ainda, configurava a crise econômica e social que se apoiava no setor saúde como importante geradora de empregos. É consenso que a conferência fortalece dois campos importantes para a consolidação das políticas de saúde nos anos posteriores: um relacionado com a participação social e o outro com a concepção de saúde como direito civil. Foi precedida de uma série de conferências estaduais e municipais preparatórias e representou um marco em relação às conferências anteriores. Assim, decorridos cerca de 20 anos da realização da primeira conferência, a 3ª Conferência representa uma inflexão para o campo do trabalho e do trabalhador da área da saúde, consolidando as ações da Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação, criada em 2003, apontando sua centralidade para êxito da implementação da política de saúde. Mais ainda, acontece em um momento em que as questões de recursos humanos ocupam a pauta, como, por exemplo, a escolha temática do Dia Mundial da Saúde e do Ano Mundial da Saúde em 2006. Esta coletânea sistematiza um conjunto de reflexões que são apresentadas para consolidar o trabalho realizado pela SGTES na implementação das políticas.